Este mês, recebemos os alunos do mestrado internacional em Análise Estrutural de Monumentos e Construções Históricas (SAHC), da Universidade do Minho, para uma visita à obra da Ponte do Soeiro, em Guimarães.
Trata-se de uma ponte medieval, com cerca de 20m de comprimento e 3,8 metros de largura, protegida enquanto património arqueológico, no âmbito da Carta de Ordenamento do Plano Diretor Municipal de Guimarães.
“É, definitivamente, importante olhar para a forma como este tipo de materiais são usados. O granito, por exemplo, não é um material com a qual estou familiarizada. Então, é bom ver este estilo de alvenaria e, também, os muros de pedra solta, que é algo muito característico do Norte de Portugal e que nunca tinha visto. É interessante ver estes tipos de métodos de construção com os meus próprios olhos”, conta a estudante Laila, natural dos Estados Unidos da América.
Carolina, da Coreia do Sul, também adorou a visita. “Fazemos sempre muito trabalho de laboratório na sala de aula, mas é totalmente diferente ver a obra”.
A reabilitação da Ponte do Soeiro é uma obra sui generis. Trata-se de uma obra no meio de um rio, portanto, é este o principal mandante daquilo que vai acontecendo ao longo do processo, o que obriga a empresa a gerir os recursos, quer temporais, quer de materiais.
1500 anos de história
Além disso, não deixa de ser uma estrutura com mais de 1500 anos de idade, com as suas mazelas do tempo. É preciso garantir o seu futuro, respeitando a sua história.
Na visita, o nosso conservador/restaurador e co-fundador da Signinum, António Cardoso, transmitiu a estes alunos uma mensagem fundamental sobre a preservação do património e o respeito pelos materiais e técnicas tradicionais. “Quis mostrar que, conhecendo a herança, é sempre possível garantir a preservação, torná-la mais moderna, sem desvirtuar aquilo que herdamos do passado”.
Veja o vídeo com os testemunhos dos estudantes aqui.


